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Postado 30 de junho de 2023

O Dock Dock de Lerner e outras Romisettas

Em 2010, o arquiteto Jaime Lerner apresentou ao público o minicarro elétrico Dock Dock, uma proposta de meio de transporte nos centros adensados.

O avanço tecnológico dos carros elétricos pode ter despertado também a memória dos curitibanos.

Fora congestionamento

Em 2010, o arquiteto Jaime Lerner apresentou ao público, o minicarro Dock Dock (imagem). O veículo elétrico com dois lugares e somente 1,70m de comprimento era uma proposta de Lerner para o meio de transporte nos centros adensados.

Ligue na tomada

Pois a ideia está viva. Tão viva que o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, pôs para rodar um carrinho da Renault com características semelhantes aos do Dock Dock. O automóvel (foto), recarregável na tomada mais próxima, tem espaço para dois lugares e velocidade máxima que não ultrapassa 40 quilômetros – o limite de velocidade em nossas “vias calmas”.

Patrulhamento

O carrinho está nas mãos da Guarda Municipal e tem se ocupado do patrulhamento das ruas e praças do centro da capital, onde o acesso de carros convencionais da polícia é limitado, senão impossível.

“Cigarro”

Não, Lerner não se rendeu à máquina. Ele dizia que o carro era o cigarro do futuro – epíteto que hoje pertence ao smartphone – e que as cidades deviam se concentrar na ideia de aproximar residência e trabalho (nada de “Minha Casa, Meu Fim de Mundo”) para privilegiar o pedestre e não o motorista ou o ciclista – este chato que não observa leis de trânsito.

Compartilhado

O Dock Dock seria um meio de transporte compartilhado para uso mediante pagamento de tarifa – tais como os patinetes elétricos que outrora gorjeavam por aqui e, arre, as bicicletas.

A Tesla e a China

Por que o Dock Dock não deu certo há dez anos? Porque talvez não fosse viável economicamente. Agora é. Há montadoras chinesas, além da Tesla do bilionário Elon Musk, investindo pesado para tornar os carros elétricos uma alternativa nos grandes centros.

Isetta

Na década de 60, um carrinho da fabricante Romi chamado Isetta – cujo nome conjugado resultou em Romi Isetta, circulou pelo centro urbano. Rodava sobre três roda – duas na frente, uma atrás – tinha lugar para duas pessoas e autonomia de até 250 quilômetros – 25km por litro.

Surpresa!

Era feio, indiscutivelmente, porém seu design não se distanciava em muito do Dock Dock de Lerner nem desse carrinho que leva a bordo guardas municipais. Kinder Ovo em uma associação apressada, mas não injusta.

Em Floripa

Equipes de zeladoria urbana da Associação dos Condomínios Garantidos do Brasil (ACGB), com sede em Curitiba, viajaram a Florianópolis para auxiliar a filial catarinense da entidade nos trabalhos de revitalização do calçadão do centro histórico da cidade.

Coluna publicada no Diário Indústria e Comércio em 28 de junho de 2023

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