Postado 22 de agosto de 2022
O mundo é das mulheres
Com contratação de zeladoras urbanas, ACGB/Vida Urbana amplia perfil de inclusão na entidade. "É um sonho que se realiza", diz a coordenadora Deisi Momm.Desde 2019 vem crescendo o número de mulheres que exercem funções antes consideradas tipicamente masculinas. É o caso das mecânicas de oficinas. Há dez anos, havia apenas uma aluna inscrita no curso de graduação de mecânica automotiva entre 85 alunos. De lá para cá, a oferta aumentou e a presença delas também. Hoje o porcentual de alunos do sexo feminino na área de mecânica automotiva é de 7,5%, segundo dados do Censo da Educação Superior, do INEP.
MAIS DEDICADAS
A construção civil também assiste esse fenômeno que, aliás, não é recente. E parte desse crescimento de vagas tem explicação. As mulheres possuem maior escolaridade e, acredite, são mais produtivas.
É o que aponta estudo publicado pelo Ponemon Institute, do Reino Unido, que mostrou que as mulheres não apenas são mais trabalhadoras como passam mais tempo dedicando-se às tarefas que lhes são destinadas. Os homens gostam de intervalos.
ACGB PIONEIRA
O campo de trabalho quebrou tantas barreiras que, na zeladoria urbana, as mulheres também se fazem presentes. Antes parecia que elas se limitariam à varrição das vias públicas. Não mais. Na semana passada, duas zeladoras urbanas contratadas pela Associação dos Condomínios Garantidos do Brasil (ACGB / Vida Urbana) iniciaram tarefas de remoção de pichações, plantio de flores em canteiros, retirada de propaganda irregular, pintura de paredes e limpeza de caixas de telefonia. Inicialmente, elas foram designadas para o trabalho na região central da cidade, mas devem, em breve, também cumprir roteiros nos bairros e em municípios da Região Metropolitana.
SONHO REALIZADO
De acordo com Deisi Momm, coordenadora de projetos da ACGB / Vida Urbana, esse é um sonho que se realiza. “Há muito vinha pensando nessa possibilidade, mas ainda não havia encontrado mulheres dispostas a encarar esse desafio”.
TAREFA DIGNA
A contratação de duas zeladoras, segundo Deisi, também amplia o perfil de zeladores da associação. “Nós queríamos ter imigrantes entre nós e conseguimos. Agora nós temos mulheres. Todos exercendo tarefas dignas e inclusivas”, conclui.
Coluna publicada no Diário Indústria e Comércio em 22 de agosto de 2022.