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Postado 22 de maio de 2023

O mundo em duas rodas

Bicicletas representam o dobro do número de carros em circulação no planeta e são o símbolo da mobilidade urbana. Mas o invento não é antigo. Data de 1817

Este escriba acha que o maior invento da humanidade não é a roda, mas a máquina de escrever. Há, entretanto, pelo menos dois bilhões de ciclistas que discordariam. Bicicletas representam o dobro do número de carros em circulação no planeta. Que elas tenham se originado a partir da invenção da roda não é, portanto, mera coincidência.

Logo ali

Não, Leonardo da Vinci não inventou a bicicleta, como reza a lenda. Sua criação pertence ao alemão Karl von Drais, em 1817. Ou seja, estamos falando de pouco mais de dois séculos ou 200 anos. Pouco, quase nada.

Eu sou o motor

A bike primitiva, com duas rodas alinhadas por uma tábua, não tinha pedais, mas já requeria força humana para proporcionar a tração e o movimento necessários.

Magrela, sempre magrela

O design moderno ocorreu pouco depois, em 1885, mas desde então, assim como o guarda-chuva, a bicicleta não registrou sinais de inovação radicais.

Virou livro

Mais na moda do que nunca, ainda mais porque traduzem forma alternativa de mobilidade urbana, as bicicletas são o tema da obra do jornalista americano Jody Rosen (“Vida em Duas Rodas”), lançado pela editora Rocco.

Livre, leve e solto

O livro não conta, mas um entusiasta da bicicleta em seus primórdios foi o dramaturgo francês Alfred Jarry (1873-1907) que se deixou fotografar pedalando a bicicleta, já devidamente equipada com pedal e corrente acoplada à roda traseira (foto).

Curiosidade

Jarry, autor da peça “Ubu Rei”, era célebre por comprar e não pagar. Foi assim com a bicicleta. O proprietário original “pendurou” a dívida e não se falou mais nisso.

Perigo à vista

A louvação à bicicleta para por aí. Leitor desta coluna, Elio Ruzzi, conta que seu desafio não é pedalar, mas caminhar. Conversando com sua fisioterapeuta – especialista que teria atendido os presos da Lava Jato – queixou-se das calçadas de Curitiba e a dificuldade que enfrenta para realizar os exercícios prescritos.

Palavra da doutora

Pois ela devolveu com informação preocupante: diz que basta consultar registros em hospitais para saber que a relação envolvendo idosos e o passeio público vem sofrendo percalços frequentes. Com o perdão do trocadilho.

Sem tropeços, please

O leitor faz um apelo para que a Associação dos Condomínios Garantidos do Brasil (ACGB/Vida urbana), entidade dedicada à zeladoria urbana, intervenha em nome dos idosos curitibanos, que devem ultrapassar a população de jovens em menos de dez anos.

Aos céus

Ou isso ou rezar.

Coluna publicada no Diário Indústria & Comércio em 8 de maio de 2023.

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