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Postado 12 de junho de 2023

Quando a pichação se chamava grafite

Muros de Paris, em 68, ficaram famosos com expressões como “Corre camarada, o velho mundo está atrás de você”. O picho já foi protesto e poesia.

Em 2018, o Pátio do Colégio, em São Paulo, foi alvo de uma pichação imensa, de letras vermelhas, com a seguinte inscrição: “Olhai por nós”. A tinta cingiu as paredes e foi além, invadindo as portas e a capela daquele que foi chamado de Real Colégio de São Paulo de Piratininga e hoje é o Museu Anchieta.

Quatrocentona

A construção data de 1554, foi inaugurada em 25 de janeiro – há 469 anos –, e representa o marco inicial da cidade.

Coisa de fé

Não foi o último dos atos de vandalismo contra o patrimônio público. A ele, outros se sucederam. Se há, entretanto, um aspecto “positivo” naquela pichação de antanho, é que, ao menos, era legível e de mote apropriado. Apelou-se aos céus em prédio religioso. Onde mais?

Só para expertises

Gangues de pichadores – eles se dão outro nome – criaram um alfabeto próprio onde a mensagem é restrita e, às vezes, ilícita. O estilo de letra vem sendo estudado e é conhecido como “tag reto”. O que diz pouco, exceto aos iniciados.

Idos de maio

Já foi o tempo em que pichação era protesto ou poesia. Os muros de Paris, em 68, ficaram famosos com expressões como “Sejam realistas, peçam o impossível” ou a bem-humorada “Corre camarada, o velho mundo está atrás de você”.

Odisseia no muro

Antes, pichação não tinha esse nome. Era grafite, apesar do spray de tinta ser o mesmo. Tampouco era cifrada e dava para inglês entender. Em São Paulo ficou famoso o bilhete pintado em muro: “Ulisses, ainda te espero. Assinado: Penélope”. Em Curitiba: “Palpite, o grafite é o limite”, de autoria de Paulo Leminski.

Largada

A Associação dos Condomínios Garantidos do Brasil (ACGB), cuja sede fica em Curitiba, está estendendo seu trabalho também a Florianópolis, onde a filial catarinense já deu início às atividades de zeladoria urbana.

Mãos à obra

No mês passado, foram contratados dois funcionários encarregados de despichar muros, limpar o mobiliário urbano, plantar flores em canteiros públicos e recuperar calçadas.

No comando

A coordenação do projeto em Floripa cabe a Simone de Queiroz Yunes.

Nunca antes

A reciclagem de latas de alumínio atingiu o índice de 100% em 2022. É o que mostra levantamento feito pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). É a primeira vez que o Brasil chega ao topo em reciclagem do material desde o início da série histórica, em 1990.

Na casa do bilhão

Em volume, o total de latinhas recicladas foi de 390,2 mil toneladas. A atividade injeta R$ 6 bilhões por ano na economia, além de contribuir na geração de trabalho para 800 mil catadores em todo o Brasil.

Coluna publicada no Diário Indústria e Comércio

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